No
dia 11 de maio de 2011, a Organização das Nações Unidas lançou a Década de
Segurança Viária (2011/2020) que tem por objetivo reduzir em 50% o número de vítimas em acidentes de trânsito, em um período
de 10 anos.
O
Brasil somado com mais 09 países são responsáveis por 48% dos óbitos por acidentes de trânsito que
ocorrem no mundo. Em nosso País, só em 2011, tivemos 40 mil pessoas mortas no
trânsito. No Brasil a mortalidade por
causas externas, temos em primeiro lugar
o homicídio e em segundo os acidentes de trânsito. Em Campo Grande não é
diferente, os acidentes de trânsito aparecem em 5º lugar, por mortes de causas
externas.
Diante
do exposto Campo Grande foi selecionada, desde 2010, para receber assessoria da
ONG Internacional GRSP – Global Road Safety Partinership – e é uma das 5
capitais que desenvolve o projeto Vida no Trânsito, coordenado pelo Ministério
da Saúde. A metodologia adotada por este projeto utiliza a Estratégia de Pro
Atividade e Parceria, idealizada pela Ong GRSP.
Avançamos
em vários aspectos com o projeto Vida no Trânsito, por exemplo, passamos a
fazer o acompanhamento pós-hospitalar das vitimas de acidentes de trânsito, ou
seja, qualificamos a informação de acordo com as orientações da Oraganização
Mundial de Saúde (OMS), uma vitima é grave se ficou mais de 24h internada e é
uma vitima fatal se morrer até 30 dias após o acidente. Temos a informação dos
Boletins de Ocorrência da Ciptran, cruzamos a informação com a Autorização de
Internação Hospital, Declaração de Óbito e Sistema de Informação de
Mortalidade. Após a classificação das vitimas em graves e fatais, identificamos
a faixa etária das vitimas, os locais de ocorrência dos acidentes, os horários
e os fatores de risco que envolveu cada acidente. De posse dessa informação
direcionamos as ações de engenharia, fiscalização e educação, em forma de
programas e projetos.
Para
que o projeto Vida no Trânsito tenha êxito foi criado o Gabinete de Gestão
Integrada de Transito, composto hoje por mais de 25 instituições sendo estas públicas,
privadas e da sociedade civil organizada, que se reúnem mensalmente para
direcionar os trabalhos relacionados a prevenção dos acidentes graves e fatais.
É
possível diminuir o número de acidentes fatais em uma cidade, mesmo aumentando
a frota de veículos? A resposta é sim, pois temos como exemplo as cidades de
Jundiaí e São José dos Campos.que adotaram a mesma Estratégia de Proatividade e Parceria utilizada por
nossa cidade. Para que isso ocorra em Campo Grande é preciso, além das ações dos
projetos, que haja uma mudança de comportamento por parte de todos os usuários das
vias. É necessário que os cidadãos campo-grandenses se apropriem deste projeto,
que podemos também chamar de “processo” Vida no Trânsito.
Diante
dos dados coletados e tratados, podemos afirmar que o principal fator de risco dos acidentes de
trânsito em Campo Grande é o excesso de velocidade desenvolvida pelos veículos.
Quanto maior a velocidade, maior será a gravidade da lesão da vítima, seguido
do abuso de bebida alcóolica e pelo grupo dos maiores vitimados: os
motociclistas, considerado nosso grupo de vítima local.
Com
o objetivo de melhorar a informação para mudarmos a cultura da população
campo-grandense, foi criado o Placar da Vida no qual é contado os dias de vidas
preservadas no trânsito de Campo Grande (perímetro urbano), toda vez que uma
pessoa morre no local do acidente ou no hospital por consequência de algum
acidente o placar da vida é zerado.
Neste primeiro ano da Década da Segurança no
Trânsito e do Placar da Vida, convidamos você a transitar com segurança para
retornar a sua casa com saúde e paz todos os dias.
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