sexta-feira, 20 de abril de 2012

Autoridades discutem em audiência pública como melhorar os rumos do trânsito e conscientizar usuários

Fonte:http://www.noticias.ms.gov.br

Foto: Kayke Niz

Campo Grande (MS) – As discussões sobre os Crimes de Trânsito nortearam a Audiência Pública que aconteceu nesta sexta-feira (20), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, para encerrar o Encontro Nacional de Segurança e Crimes de Trânsito realizado durante toda esta semana na Capital.
Dentre os temas abordados durante a audiência, foram destacadas as fiscalizações intensas e as ações preventivas de combate aos crimes cometidos no trânsito, que têm sido realizadas pelos órgãos e entidades ligadas ao segmento.
Durante a audiência foram abordados junto à comunidade os tipos de violências e os crimes que ocorrem no trânsito, provocando, assim, o debate e a busca de soluções para os problemas diários enfrentados nas ruas e avenidas das cidades.
Os investimentos que envolvem os crimes de trânsito foram lembrados pelo deputado estadual Junior Mochi, propositor da Audiência Pública, ao mencionar os valores empregados pela Santa Casa com as vítimas acidentadas no trânsito mensalmente. De acordo com o parlamentar, são gastos cerca de 60% do orçamento do hospital com a população que é vítima de um destes crimes ocorridos no trânsito, o que representa R$ 6 milhões mensais. “É um grande prejuízo para a sociedade e para a vida”, disse ele.
Mobilização e participação
Mochi ressaltou os principais pontos que precisam ser analisados e discutidos sobre os crimes de trânsito. “Precisamos discutir sobre a importância da vida e da vida com qualidade para não nos tornarmos vítimas de uma guerra urbana; a organização da legislação sobre trânsito no Brasil e a atuação do Estado com as políticas de educação para segurança no trânsito; a família e o consumo desmedido de álcool associado à direção com prejuízos à vida e as campanhas educativas e as campanhas das publicidades do álcool”, pontuou o parlamentar.
Considerada um “divisor de águas” para a presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran-MS), Regina Maria Duarte, a discussão sobre os problemas e crimes de trânsito vai proporcionar uma integração maior entre os 45 municípios de Mato Grosso do Sul que possuem um órgão regulador de Trânsito e o Sistema Nacional, direcionando procedimentos, operacionalizando ações específicas e direcionadas, bem como a possibilidade de demonstrar os avanços já conquistados em todas as esferas (federal, estadual e municipal). “Após todas estas discussões vamos nos reunir com o Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito [GGIT] para formalizar as ações a serem desenvolvidas no Estado, levando até os nossos municípios toda esta problemática, vivenciada também no interior. A partir deste contato vamos ter uma diretriz para aplicar a atuar junto às autoridades”, explica Regina.
O secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, fez um panorama dos números gerais registrados no Estado dos delitos de trânsito e suas consequências para a segurança pública. “Os crimes de trânsito culposos superam os outros crimes como homicídios e tráfico de drogas, registrando os maiores índices. Por isso a importância da prevenção e repressão dos crimes de trânsito, que abrangem educação e fiscalização junto aos órgãos do governo”, ressaltou o secretário.
O diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran- MS), Carlos Henrique Santos Pereira, ressaltou o impacto das fiscalizações que têm sido realizadas na redução da mortalidade no trânsito. Ele lembrou que no ano de 2007 Campo Grande foi classificada como a quarta Capital com trânsito mais violento do País, registrando 232 óbitos - cerca de 28 mortes no trânsito a cada cem mil habitantes. “Hoje já somos considerados a décima quinta Capital com mais mortes no trânsito, descemos onze posições, com 132 mortes em 2011, uma média de 17 mortes a cada cem mil habitantes”, contabilizou Santos Pereira. “O ideal é zerar este índice, e vamos conseguir através de uma política pública de trânsito bem formalizada. Estamos caminhando para isso”.
O evento contou com a presença de autoridades civis e militares, autoridades do direito, delegados, juízes, promotores, representantes da população em geral, da sociedade civil organizada e do poder público.

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