quinta-feira, 17 de maio de 2012

No primeiro ano do Placar da Vida, trânsito provocou mais mortes


Com o objetivo de conscientizar a população indicando a quantidade de dias sem acidentes fatais, o Placar da Vida completou um ano no último dia 11 em operação em Campo Grande.
Para a professora mestre Ivanise Maria Rotta, chefe da Divisão de Educação da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), o instrumento já conscientiza motoristas e pedestres sobre o trânsito. “Faz com que as pessoas se cuidem mais, que pensem que é mais um dia com 800 mil vidas preservadas. É um reforço positivo”, avalia, referindo-se à quantidade de habitantes da Capital.
Apesar da avaliação positiva sobre um dos meios de conscientização para redução de acidentes graves e fatais, os números mostram que houve mais mortes no trânsito depois que o Placar da Vida foi instalado.
Segundo Ivanise, de janeiro a abril de 2011 foram 25 mortes no trânsito de Campo Grande. Neste mesmo período de 2012, 32 pessoas morreram. Em maio do ano passado foram 19 mortes no mês de maio, sendo uma no dia que o Placar foi inaugurado. Nestes 14 dias deste mês já foram registrados seis óbitos no trânsito. Os últimos dois nesta segunda-feira.
Por volta das 12 horas morreu Jesuíno Costa Oliveira, 55 anos. Ele estava internado na Santa Casa desde o dia 11, quando foi vítima de acidente.
Já por volta das 16 horas foi a óbito Jorge Lemes Maidana, 35 anos, Ele morreu em colisão entre a moto que pilotava e uma camionete Hilux no cruzamento das ruas Salgado Filho e Tenente Aviador Pedro Correa Duncan.
Graves- O Placar da Vida integra série de ações e instrumentos que têm por objetivo reduzir os acidentes fatais e graves em Campo Grande.
O GGIT (Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito) é responsável pelas ações e análise dos resultados.
De acordo com Ivanise, o trabalho do GGIT já tem dado resultado positivo. No primeiro semestre de 2010 foram 637 acidentes fatais e graves. No mesmo período do ano passado foram 536. “Reduziu em 101”, comenta.
Para Ivanise, é preciso “informar mais, fiscalizar e ações de engenharia”. “Sinalização sozinha não ajuda, não resolve”, explica. “As pessoas têm que obedecer”.
Sobre o Placar da Vida, Ivanise afirma que as pessoas conhecem e sabe o que significa. “Eu acredito que as pessoas entendem. Pela número de acessos no blog e pelos comentários nas palestras que a gente faz”, finaliza.
Recorde- Desde que foi implantado, o recorde do Placar da Vida foi neste ano. Foram 19 dias de vidas preservadas entre 29 de janeiro e 17 de fevereiro.
O Placar voltou a ser zerado com a morte de Jean Marcondes Vaz Oliveira, 28 anos, no cruzamento das ruas Ana Luiza de Souza e Marques de Abrantes, no bairro Pioneiras.
 
Motociclista morreu nesta segunda-feira na Salgado Filho. Antes, outro havia morrido na Santa Casa. Placar voltou a ser zerado, após sete dias de vidas preservadas. (Foto: Pedro Peralta)
Fonte: Campo Grande News

Um comentário:

  1. Sugestão: Por que não mudam o nome "placar da vida" para "placar da morte". Acho mais condizente, já que desde que inventaram essa bobagem o número de vítimas fatais aumentou...

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